A
astrologia, que havia sido praticada no Império Romano, foi uma criação
dos filósofos de língua grega do primeiro ao sexto século DC. Esses
“gregos” basearam sua criação na tradição de presságios astrais que
remontam aos séculos anteriores a Cristo e que foi transmitida a eles
por fontes egípcias, babilônicas e persas. Por volta do século IV DC, a
astrologia foi reconhecida como uma ciência e influenciou a maioria das
religiões no Império Romano.
Após
a queda do Império Romano Ocidental por volta de 500 DC e a ascensão
dos reinos bárbaros da Europa Ocidental (ou seja, Itália, as regiões da
Península Ibérica da atual Espanha e Portugal, Gália/ França, Alemanha,
as terras baixas da Holanda moderna, Bélgica e Luxemburgo, e as Ilhas
Britânicas), a tradição astrológica foi interrompida na Europa Ocidental
e Central.
Enquanto
isso, no Império Romano Oriental (chamado de Bizantino), que sobreviveu
ao Império Ocidental, a astrologia não se saiu muito melhor. Lá, pelos
próximos dois séculos, o clima religioso e político suprimiu quase
completamente a prática da astrologia. O latim continuou sendo a língua
falada no Ocidente, mas o grego era a língua do Oriente no Império
Bizantino.
No
século sétimo, os árabes muçulmanos conquistaram o Oriente Médio e em
711 DC, eles haviam estendido seu império da Península Ibérica no
Ocidente para a Índia no Oriente. Árabe era a língua falada neste novo
regime. No entanto, no século VIII, os governantes árabes do mundo
muçulmano encorajaram sua intelectualidade a aprender grego e a absorver
o conhecimento científico dos gregos, persas e indianos. Dessa forma, a
astrologia grega, junto com outras ciências gregas, passou a ser uma
característica da ciência islâmica árabe.
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